25 anos Casa de Vilar
Situada numa zona nobre do Porto, com uma paisagem envolvente que nos encanta, de fácil acesso, a Casa de Vilar tem esse dom de recolhimento e de silêncio. Teve sempre como base a simplicidade, o bom gosto, uma arquitetura que se integra no espaço e com ele se envolve num todo. Hoje, a comemorar 25 anos de existência, o seu espaço tem o conforto de um hotel e proporciona, no Porto, um Centro de Congressos único e que deve conhecer e utilizar. E a Casa de Vilar é sustentável.
Tudo começou há mais de 25 anos. Havia a necessidade da Diocese do Porto ter uma casa diocesana e esta ideia foi amadurecida até criar a realidade. O Seminário de Nossa Senhora do Rosário de Vilar, desativado e em degradação, foi o espaço escolhido para a construção de nova estrutura nos seus terrenos em socalco que nos levam o olhar ao Douro e ao Atlântico.
Na ata de 28 de fevereiro e 1 de março de 1983 do Conselho Presbiteral da Diocese do Porto é referido que, «após ter dialogado com várias instâncias diocesanas (Cabido, Junta de Coordenação Pastoral e Vigários da Vara) e com outras pessoas, parece indicado por unanimidade que a Casa Diocesana, destinada principalmente a retiros espirituais, deverá ser instalada no Seminário de Vilar. Quando se diz Seminário de Vilar, quer-se dizer no edifício antigo, devidamente reconstruído e restaurado em novas instalações que seja necessário construir». É referido na mesma ata que se possa criar uma zona de residência para sacerdotes, de apoio «à Fraternidade Sacerdotal». A sessão de votos secreto do Conselho Presbiteral, num total de 38, teve duas sessões: uma para Casa Diocesana para retiros (33 a favor, 4 brancos e 1 justa modum) e outra para Centro Diocesano (33 a favor, 3 brancos e 2 contra), integrador de todas as obras e movimentos.
Começado o estudo das obras a efetuar e respetivos projetos no ano de 1983, só a 29 de janeiro de 1990 foi concedido o alvará número 45 da Câmara Municipal do Porto. Estavam
licenciadas as obras do Seminário de Vilar. Antes, a 16 de fevereiro de 1989, já tinha sido assinado o contrato de empreitada da primeira fase de obras. A 31 de julho de 1990 foi assinado a segunda e última fase de obras.
O espaço estava pensado para ter o Núcleo Paroquial, o Núcleo Diocesano de Pastoral, o Núcleo Residencial e o Núcleo Diocesano de Espiritualidade. E nasce a casa com múltiplas salas e salões, átrio, capela, bar, refeitório, receção, terraços, varandas, grande auditório para 1300 pessoas, apoios, sanitários, residências sacerdotais, jardim, quartos provados, estacionamento, lavandarias, cozinha.
Os trabalhos são concluídos em 1993, exceto auditório e capelas. A primeira atividade, reunião do Conselho Presbiteral, realizou-se a 18 de outubro de 1993 e, entre 15 e 19 de novembro, um retiro de sacerdotes. Em março de 1994 a casa é dada por concluída, e é inaugurada a 1 de julho de 1995 pelo bispo do Porto, Dom Júlio Tavares Rebimbas.
A Casa Diocesana de Vilar teve por base um projeto polivalente, com vários objetivos: retiros espirituais, encontros, cursos, congressos, fins-de-semana, residência de sacerdotes, sede de atividade de múltiplos movimentos, obras, associações e secretariados a nível diocesano. Com o tempo, sempre se definiu que o espaço seria ajustado, nas suas funções e gestão, às necessidades e conveniências calculadas.
Sem nunca esquecer a sua função de evangelização e de relação da Igreja no Mundo, e como um projeto sempre vido, hoje o espaço abre, como sempre esteve aberto, para toda a sociedade e quer afirmar-se no Porto, e no Mundo, como um Centro de Congressos ímpar.
Neste sentido, e de forma a tornar-se sustentável, foi inaugurado a 1 de julho pelo Bispo do Porto, Dom Manuel Linda, um complexo de 530 painéis fotovoltaicos. Este conjunto tem uma capacidade instalada de produção de energia que pode alimentar 50 habitações familiares. Os painéis solares permitem diminuir a emissão de 120 toneladas de CO2 durante um ano.
Hoje, no centro do Porto, próxima de tudo, a Casa de Vilar afirma-se como um espaço fundamental para a vitalidade da cidade. Dispõe de 124 quartos, um auditório para 1300 pessoas, restaurante, cafetaria, livraria e, na verdade, é um espaço que recebe com tempo e permite responder às necessidades atuais de empresas, entidades e particulares.